Precarização do trabalho no futebol?

Não tem muito tempo que acompanho o futebol (desde 2010), mas comecei a observar algumas coisas que tem me assustado cada vez mais. Em uma competição parece óbvio que para ter um vencedor deve haver outros perdedores, mas no futebol brasileiro treinadores e jogadores são pressionados por resultados que nem sempre vão corresponder às expectativas do clube. E o que dizer da quantidade excessiva de jogos nos campeonatos? Alguma relação com o elevado índice de afastamentos por lesões ou mera coincidência? É decepcionante ver o alto índice de demissões de excelentes técnicos , já que uma má fase em um campeonato parece anular todo o trabalho que o profissional desenvolve dentro do clube. O desempenho dos clubes paulistas do campeonato brasileiro de 2013 aponta para algumas mudanças cruciais:

1 - Revisão do calendário de jogos, pois o tempo entre um jogo e outro é muito curto e, consequentemente os jogadores não tem tempo suficiente para treinar e descansar. Quanto custa para um clube um jogador afastado por lesão? Agora é só multiplicar pela quantidade de jogadores afastados no período de um ano;

2 - Observar o trabalho do técnico  e dos jogadores sem perder de vistas os possíveis problemas dentro do clube que possam interferir nos resultados;

3 - Nunca, mas nunca desconsiderar a falta de motivação;

4 - Trabalhar com foco na causa do problema e não na consequência.


Bom, essas foram algumas ideias minhas e eu gostaria muito que houvesse uma reforma no futebol e nas relações de trabalho para  que o ser humano seja tratado como tal, e não como objeto descartável.
Afinal, o significado de competição é concorrer em busca de um título.